quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Bois confinados em Minas Gerais produzem 80 mil toneladas de carne

Rebanho mantido nos currais e piquetes no ano é 20% superior ao de 2010
Iniciado o período das águas, os pecuaristas de Minas Gerais que mantiveram bois em confinamento durante a seca de 2011 estão levando o gado gordo para os abatedouros. Segundo o balanço realizado pela Emater, o volume total de animais preparado à base ração deve possibilitar o aproveitamento de 80 mil toneladas de carne. Este volume é suficiente para o abastecimento de 6,7 milhões de pessoas em quatro meses, consumindo cada uma a média de 12 quilos.
Neste ano, cerca de 400 mil animais ficaram nos currais ou piquetes durante um período de até três meses para cada lote, recebendo alimento e água, segundo informações da Emater-MG. O volume apresentado é 20% superior ao de 2010.
– Os animais de confinamento oferecem carne em quantidade e com a qualidade exigida pelos frigoríficos e os consumidores, um produto muito valorizado – diz o coordenador estadual de Bovinocultura da Emater, José Alberto de Ávila Pires.
Ele estima que pelo menos 90% dos bois confinados este ano, em Minas, já foram oferecidos no mercado.
O agrônomo Renato de Assis Porto de Melo, assessor técnico do programa Minas Carne, criado pela Secretaria da Agricultura, também ressalta a importância do confinamento de bovinos e diz que os produtores estão aderindo ao sistema com profissionalismo.
– Eles fazem altos investimentos principalmente na compra de ração para os animais confinados e, por isso, sempre têm a expectativa de obter uma remuneração melhor ao vender esse gado do que obteriam com a comercialização de animais engordados no pasto – explica. 
A arroba do boi, comercializada atualmente em Minas Gerais por cerca de R$ 100,00, tem apresentado cotações crescentes desde janeiro. Segundo análise da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, no período de janeiro a outubro de 2011, o preço médio subiu 19,92%. Há sinais de que a tendência de alta seguirá até janeiro/fevereiro.
Segundo o assessor da secretaria, de agora em diante a procura pela carne deve aumentar, sendo a oferta quase exclusivamente do produto de confinamentos. Começa um novo ciclo de engorda de animais centralizado nos pastos que já apresentam sinais de recuperação. 
Números
Considerado um dos pioneiros do confinamento de bois no Brasil, o pecuarista Adalberto José de Queiroz, do município de Frutal (Triângulo Mineiro), manteve em currais, desde março, um total de 12 mil bois e ainda conta com 25% desse plantel. Para o produtor, os resultados deste ano foram positivos porque ele conseguiu fechar bons contratos de venda a termo, isto é, comercialização dos animais à base de acertos que independem dos preços praticados geralmente pelo mercado. Predominam nas negociações as condições dos animais oferecidos, o cumprimento de prazos e outros aspectos.
– Estamos entregando boi por R$ 98,50 a arroba e um mês atrás vendíamos por um preço acima da cotação atual do mercado – enfatiza.
Queiroz ressalta que o confinamento é uma prática rentável sobretudo para os produtores que cuidam bem da gestão do negócio.
– É necessário aproveitar bem as oportunidades para vender o boi gordo e também para comprar os bezerros que iniciarão um novo ciclo nos currais ou piquetes – esclarece.
O pecuarista observa que vem aprimorando o confinamento desde 1979, quando adotou essa alternativa de manejo do gado utilizando apenas cem bois. No ano seguinte engordou mil animais e depois continuou expandindo a produção.
Para 2012, Queiroz confirma que vai trabalhar com 40 mil bois, pois em sua opinião a engorda de um grande volume de animais possibilita renda ao produtor inclusive nos períodos de baixa cotação da carne.
– Principalmente quando se pode contar com uma boa safra de milho no Estado, como a estimada para 2012, e a possibilidade de produzir na propriedade uma parte dos componentes da ração – finaliza.     
Cenário
Dados da Emater mostram que, em Minas Gerais, um grupo de 63 produtores trabalha com plantéis confinados de mil a cinco mil cabeças, respondendo por 56,5% dos animais dentro do sistema. Para completar a oferta da carne confinada no Estado, há um contingente de 658 pecuaristas que trabalham na faixa de menos de 150 até mil bois.
De acordo com o coordenador estadual de Bovinocultura da Emater, José Alberto de Ávila Pires, a presença desse número de pequenos produtores é um bom suporte à atividade, que garante o abastecimento do mercado interno em extenso período, possibilitando a oferta de carne bovina de qualidade a preços estáveis.
Retirado do site: Canal rural

Canaviais utilizam sistema via satélite para aplicação de defensivos

GPS ajuda a amenizar os prejuízos causados pela quebra da safra ocorrida em 2011
A tecnologia agregada ao homem do campo. Nos canaviais um sistema via satélite vem amenizando os prejuízos causados pela quebra da safra ocorrida em 2011. As inovações podem mudar a realidade da lavoura desde a plantação até a colheita.
Ninguém escapou, todos os canaviais espalhados pelo país sofreram as mesmas consequências. Primeiro, no início da safra, em abril, a chuva intensa que baixou o teor de açúcar da cana, depois a estiagem prolongada até outubro e por último a geada. Combinação que resultou em queda da qualidade e uma quebra da produtividade que pode chegar a 12%.
– O maior fator de aumento de custos ou redução de custos está na produtividade. Quando você aumenta a produtividade você vê redução de custos, quando você diminui a produtividade implica diretamente no aumento do custo do produto do açúcar e do álcool – relata o diretor operacional da Usina Paraíso, Aluisio Vicente Ayusso.
As alternativas para enfrentar problemas climáticos passam pelos investimentos em tecnologia. Estão sendo instalados nos tratores que aplicam defensivos no canavial aparelhos de GPS. A antena recebe o sinal via satélite e o monitor dá as coordenadas. O objetivo é marcar a primeira linha ao lado do chamado terraço da plantação. É ela que servirá de referência para o GPS guiar a aplicação com precisão, evitando desperdício, ganhando tempo, diminuindo o trabalho e aumentando a produção.
– Há todo um acompanhamento de como utilizar o GPS, como trabalhar com ele, como extrair um relatório para você ter a certeza
de como ficaram as aplicações. Os grandes benefícios são a economia em produtos, diminuição nas falhas nas aplicações, diminuição da sobreposição de produtos, além de ganhar tempo operacional para fazer as aplicações – revela o coordenador de marketing da BASF, Fabrício Catissi.
O equipamento chegou recentemente ao mercado e pode ser uma das alternativas à disposição dos produtores e das empresas. Mais uma defesa para o setor que luta para reduzir custos, aumentar produtividade e se manter competitivo para enfrentar os desafios da próxima década.
Uma usina localizada em Brotas, interior de São Paulo, está utilizando o equipamento desde setembro. No ano passado 60 equipamentos foram disponibilizados. Em 2011 mais de cem serão entregues.
– O operador consegue se guiar com o paralelismo das faixas de aplicações em qualquer movimento, independe da sua visão e sim da tela do computador do GPS. Então isto trouxe uma tranquilidade quanto à dosagem do produto, a uniformidade da aplicação e principalmente otimiza muito a frota. O rendimento ficou muito maior a ponto de atender uma área de 22 mil hectares apenas com seis máquinas trabalhando durante o ano – conta o gerente agrícola da usina, José Wanderley.
Retirado do site: Canal Rural

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Preço do fertilizante sobe e preocupa produtores

Recente queda do dólar não impediu alta nos valores dos insumos
Os preços dos fertilizantes seguem em alta, apesar da recente queda do dólar. Revendedores afirmam que a demanda está aquecida e que há estoques adquiridos com valores mais altos na indústria. Entretanto, especialistas apontam que esse gasto maior deve ser recuperado na venda da safra. Já os produtores que adquiriram adubo no primeiro semestre puderam aproveitar custos reduzidos pela desvalorização da moeda norte-americana.
Segundo dados da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, houve alta de 12% nos preços dos fertilizantes entre setembro e outubro deste ano. Este número, segundo o representante da entidade, Alexandro Alves, compromete os ganhos do produtor. Ele cita o exemplo da soja, que nos últimos 12 meses teve valorização de mais de 16%. Neste mesmo período, o adubo subiu 33%. Alves aponta que quem lucra com esta situação é a indústria.
– Eles, é claro, têm seus momentos de crise, talvez de altos e baixos na economia, mas obviamente que isso não se justifica. O preço sobe, mas quando o dólar cai, o preço automaticamente não cai. É isso que o produtor fica se questionando – diz.
Já a consultora de mercado Elisabeth Chagas vê o cenário com otimismo. Ela afirma que a quantidade de adubo comprada pelo produtor com dólar mais alto é pequena.
– Eu não vejo grandes problemas. Acho que se falou mais sobre o dólar caro do que sobre a realidade do impacto que ele vai ter. E, no frigir dos ovos, o produtor pagou por um período muito pequeno do consumo. Uma quantidade ínfima do total – declara.
Geraldo Henrique Lacerda Carvalho, gerente de revendedora, acredita que deve haver queda nos valores nos próximos meses.
– A tendência é diminuir o plantio, porque o pesado já foi. É a lei da oferta e da procura. As empresas têm que vender e vão baixar o preço. E com a queda do dólar, os estoques das indústrias também vão reduzir. Virá matéria-prima mais barata – conclui.

Plantio da soja atinge 52% da área no Brasil, aponta consultoria

Clima favorável em boa parte do país favorece produção que já chega aos 25 milhões de hectares
Com condições climáticas favoráveis em boa parte do Brasil, o plantio da safra 2011/2012 de soja se desenvolve sem problemas e atingiu 52% dos 25 milhões de hectares estimados até essa sexta, dia 4. A evolução semanal foi de 11 pontos porcentuais e 10 pontos à frente do que foi registrado um ano atrás, de acordo com levantamento da consultoria AgRural.

O avanço se deu apesar da irregularidade das chuvas em algumas áreas, típica do fenômeno La Niña, destacou a AgRural. A consultoria calcula que a safra 2011/2012 de soja do Brasil deverá atingir uma produção de 73,64 milhões de toneladas.

"Com a área da safrinha de milho garantida e preocupados com a concentração durante a colheita, que pode causar uma série de problemas logísticos no início de 2012, muitos produtores de Mato Grosso tiraram o pé do acelerador nos últimos dias, especialmente no norte e no sul do Estado", disse a AgRural. Mesmo assim, a evolução semanal foi de 12 pontos, o que levou o plantio a 75% da área total no principal Estado produtor.

Em Mato Grosso do Sul, por outro lado, os agricultores mantiveram o ritmo acelerado. Animados pelas chuvas, que devolveram umidade a áreas onde já faltava água, eles avançaram 22 pontos em sete dias, estendendo o plantio a 84% da área.

No Paraná, segundo principal produtor, as boas condições de umidade do solo permitiram que o plantio chegasse a 66% da área, em linha com o índice de 65% de um ano atrás. "O que preocupou os produtores foi a queda das temperaturas, muito embora isso ainda não tenha atrapalhado o desenvolvimento das plantas", destacou a consultoria. No Rio Grande do Sul, o plantio chegou a 20%.
Retirado do site: Canal Rural

Produtividade no oeste baiano

É desnecessário dizer o que fizeram os produtores agrícolas no oeste baiano. Plantar na área que parecia não propícia à agricultura foi resultado de coragem.
Segundo Gustavo Flaubert, coragem é o medo vencido.
As pessoas que implantaram magnífico projeto agrícola na região, que agora já é agroindustrial, realmente venceram os receios e as hesitações ousando.
Municípios como Barreiras e Luis Eduardo Magalhães são exemplos de progresso.
A tecnologia adotada com processos modernos para a agricultura é ensejadora de alta produtividade.
A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia – AIBA – é entidade que organiza os produtores não apenas para representá-los na defesa de seus interesses, mas para buscar avanços cada vez maiores.
Publico, com prazer, trecho da matéria que Alex Rasia, diretor-executivo da entidade, me remeteu e que foi divulgado pela assessoria de comunicação da mesma.
Milho avança no cerrado da Bahia, ocupando mais espaço na matriz produtiva
Os agricultores e empreendedores da região, sem dúvidas, continuarão contribuindo significativamente para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Com estoques baixos, quebra de safra em estados vizinhos e preços competitivos no mercado nacional e externo, o milho torna-se mais atrativo para os produtores do cerrado baiano e ganhou mais espaço na matriz produtiva do Oeste da Bahia na safra 2011/12. A área plantada com o cereal crescerá 37%, saindo de 153 mil hectares em 2010/11, para 210 mil hectares em 2011/12. Os dados são do ‘1º Levantamento da Safra 2011/12’, divulgado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). A produtividade esperada para o grão é de 150 sacas por hectare (9.000 kg), com produção estimada de 1,98 milhões de toneladas.
O crescimento da área plantada com o milho atende à recomendação técnica para a utilização do cereal na rotação de culturas, proporcionando maior sustentabilidade ao modelo agrícola do Oeste da Bahia. A participação do milho na matriz chegou a níveis críticos, abaixo de 10%, enquanto em nível nacional, a cultura ocupa mais de 20% de toda a área cultivada. De 2008/09 a 2010/11, o cereal acumulou perda de área de 15%. A rotação de cultura com uma leguminosa (soja) e uma gramínea (milho) reduz o nível de pragas e doenças e melhora as condições físicas do solo para a cultura seguinte. [...]
[...] Uma novidade deste ano no Levantamento da Safra foi a separação das culturas que fazem duas safras, a de inverno e a de verão, como o feijão, o sorgo e o milho. 'Fizemos assim por uma questão metodológica, para ficar claro o total de área aberta para agricultura, e o total de área cultivada. Temos 1,93 milhões de hectares abertos para cultivo e cultivamos 2,04 milhões. Além disso, ficamos em linha com o modelo adotado pela CONAB em seus levantamentos'."
Retirado do site: Canal Rural

domingo, 6 de novembro de 2011

Conselho Monetário Nacional deve aprovar linha de crédito para agricultores familiares

Segundo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, linha de crédito para financiamento de dívidas deverá ser aprovada na próxima semana
O Conselho Monetário Nacional deverá aprovar na sua próxima reunião extraordinária, prevista para a semana que vem, linha de crédito para financiamento de dívidas de agricultores familiares. A previsão foi feita nesta sexta, dia 4, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Cada produtor poderá contar com recursos de até R$ 25 mil, com prazo de pagamento de até 10 anos, sem período de carência.
Segundo o ministro, a presidente Dilma Rousseff "determinou a organização de um processo de reabilitação da capacidade produtiva dentro do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), em face das dificuldades que o segmento vem enfrentando". O assunto foi discutido ao longo deste ano em audiências públicas no Congresso Nacional e contou com a participação de produtores, de movimentos sociais e de entes do governo.

– Nossa expectativa é criar condições para que todo o segmento que está inadimplente reorganize sua dívida para pagá-la sem multa, mora ou juros, dentro dos padrões atuais de crédito – assegurou Florence.

Ele espera que, com esses recursos, os agricultores resolvam o problema da inadimplência e fiquem em condições de aumentar sua produção a partir do próximo ano. O financiamento da próxima safra será feito a juros de 1% ao mês, para gastos de até R$ 10 mil e acima desse valor com juros de 2%. A expectativa do ministro é de que em 2012 os pequenos produtores estejam em condições de fazer novas contratações e assim aumentar sua contribuição para o aumento da produção agrícola nacional.

O ministro lembrou que o segmento é muito importante, pois responde por 70% de toda a produção agrícola brasileira. O governo quer investir no próximo ano R$ 16 bilhões na produção e industrialização de alimentos da agricultura familiar. Na safra 2010/2011 já foram executados quase R$ 12 bilhões, destacou o ministro. 
Retirado do site: Canal Rural

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fim da entressafra deixa leite mais barato nos supermercados

O reflexo das chuvas já chegou às prateleiras de leite nos supermercados. Em alguns casos, o produto está 5% mais barato do que em setembro, quebrando uma sequência de três meses de aumento. De julho a setembro, o preço do leite chegou a aumentar 25%, devido a consecutivos aumentos em decorrência da queda de produção por causa da seca.

Em outubro, o preço médio da caixa longa-vida caiu de R$ 2,09 para R$ 1,99. O valor do leite pasteurizado varia entre R$ 1,95 e R$ 1,99.

Já os produtos derivados do leite devem ficar mais baratos a partir do mês que vem, porque apresentam uma demora em refletir a mudança, devido à baixa concorrência.
Retirado do site: MilkPoint.